Cabelos de Sol no Vale das Borboletas Azuis
E o sonho começa...
De repente a menina se vê no bosque enorme. A sua frente, uma estradinha de pedras vermelhas e amarelas, parecendo uma serpente a se esconder em campos verdinhos, cheio de flores. Cabelos de Sol resolve seguir a trilha.
Enquanto caminha, observa árvores de vários tipos, pássaros coloridos, rosas aveludadas em um córrego límpido, no qual se vêem peixes dourados brincando de pegador. Toca na água. Molha os pés, as mãos e o rostinho rosado, de olhos negros indagadores.
Ouve conversas. Vai em direção ao barulho. Devagar, pé ante pé, chega perto de uma amoreira carregada de frutos vermelhinhos. Sente que alguém a observa. Para mostrar que veio em paz, em busca de novos amiguinhos, lembra-se de uma canção que aprendera dias antes e põe a cantar:
“Amiguinhos, vim em paz. Trouxe flores lindas.
Coração sincero a lhes entregar.
Brincadeiras novas para mostrar.
Um sorriso puro e muito mais.”
Quando acaba de cantar, ouve passos nas folhas secas. Virando-se, surpreende-se com algo que jamais imaginava ver. Fica feliz! Dois indiozinhos lindos sorriem, oferecendo-lhe amoras maduras.
_ O meu nome é Cabelos de Sol. Obrigado pelas frutas. Qual é o nome de vocês?
_ O meu _ diz o indiozinho _ é Tupi -nim. Bem-vinda ao vale das Borboletas Azuis.
_ O meu é Dara-mim, amiga das borboletas, das flores, dos pássaros e dos peixes. Também serei sua amiga se você quiser.
Os três amiguinhos, após as apresentações, começam a passear rodeados por flores coloridas e perfumadas. As borboletas azuis bailam delicadamente, enfeitando o céu azulado, respingado de flocos brancos como se fossem bolas de algodão.
Júlio Cezar Cardoso e Wanda de Andrade
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