Era pálido, fraquinho e vendia jornais.
Um toco de gente, perdido atrás daquela pilha de matutinos e vespertinos, onde as manchetes contavam os acontecimentos do mundo:
_ Olha a Folha,
Zero Hora!
Quem não comprou
compre agora!
A cantilena enchia as ruas da cidade praiana onde, tostados, homens e mulheres iam sem pressa, carregando seus guarda-sóis coloridos para a beira do mar.
E as crianças, então? Garotos alegres e protegidos levando pranchas e baldezinhos para a festa colorida na praia.
Ele também via o mar, coisa imensa, inacessível, guardando apenas a vontade de distância.
Não tinha domingos, nem feriados, pois nesses dias exatamente a freguesia era maior e em casa esperavam o resultado em moedas para o pão ou as bananas do almoço.
Maria Dinorah
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