"O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos."
( Rubem Alves )

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segunda-feira, outubro 29, 2012


Professor Mediador

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Quando iniciei no magistério, na rede privada, o modelo de professor, ou seja, os exemplos que tinha na lembrança, era daqueles que haviam sido meus professores. Trazia na memória aqueles muito queridos e amados pelos alunos, outros autoritários e muito exigentes, a quem todos temiam. Queria ser para meus alunos, alguém especial que deixasse a sua marca.
O modelo de metodologia era a decoreba, quadro sempre repleto de conteúdos, conceitos prontos, provas extensas. Media-se o professor pela quantidade de conteúdos que ele passava no quadro, que elaborava a prova mais difícil e extensa. Assim se passaram os anos, os pais adoravam a professora que eu havia me tornado. Muito exigente, tinha o domínio dos alunos, mas era afetuosa, tratava a todos com muito carinho, havia cumplicidade. Os alunos eram perfeitos, sentados um atrás do outro, repetiam tudo o que lhes era ensinado. Aos poucos fui percebendo que era preciso mudar a minha forma de ensinar. Queria alunos que interagissem, escrevessem, que expressassem suas ideias e opiniões, que construíssem o seu conhecimento. Ideias que estavam nas revistas, nos artigos, nas falas de educadores renomados. Era a ideia do professor mediador.
Ao ingressar na rede pública estadual, deparei-me com uma nova proposta de ensino, diferente da qual eu vinha praticando. No começo, um pouco assustada com a mudança, mas era preciso enfrentar o novo desafio. No começo não foi fácil, as aulas não eram mais as mesmas, os alunos não sentavam mais um atrás do outro, havia movimento. Para muitos pais e colegas uma bagunça. As aulas eram ricas, diversificadas, os recursos variados. Deixei de ser a professora autoritária, apenas conduzia e orientava o trabalho. No começo foi difícil e ainda hoje não é fácil, mas aprendemos todos os dias. Cada ano que passa, os alunos são diferentes e as turmas cada uma com suas características individuais.
O mundo de hoje pede um modelo de professor que seja mediador, que esteja desafiado a mudar seus conceitos e começar de novo. Precisa ser um orientador, estimulador de todos os processos que levam os alunos a construir conceitos, valores, atitudes e habilidades. O professor mediador é aquele que orienta que não se considera como o detentor absoluto do saber, mas como alguém que irá colaborar com o educando na construção do conhecimento. Sua metodologia coloca o aluno como sujeito do processo educativo, interagindo e participando ativamente das aulas. É a ponte entre a escola e família.
Faz-se necessário, estar constantemente avaliando e auto-avaliando nossas metodologias, buscando sempre, melhorar e qualificar nossas aulas. Nosso aluno, também participa desse processo, sua opinião é muito importante.
É preciso capacitar nossos alunos para exercerem seu papel de cidadão do mundo, crítico, reflexivo, ético e consciente de que é capaz de transformar o meio em que vive.
      “O professor mediador provoca a curiosidade do aluno... e o aluno interage, pergunta, questiona. O professor tem a capacidade de criar a alegria de pensar, de estimular a leitura...” (Rubem Alves)

9 comentários:

Flavia Rangel disse...

Bom dia! Elisete,amei o teu blog muito fofo!
já estou te seguindo e estou levando meu selinho.no meu cantinho também tem selinho pra ti.bjs

Regiane disse...

Olá!

Obrigada pela visita e por seguir meu bloguinho. Corri pra conhecer o seu espaço e gostei muito.
Gostaria de saber se podemos trocar links? o Seu já esta na minha lista de blogs.

Beijos e boa semana!

Regiane
http://sementedaarte.blogspot.com.br

verinha disse...

Boa noite...adorei sua visita ao meu blog.
Gostei muito de conhecer teu trabalho , Parabens.

Abraços
vera portella

Elizabeth disse...

Adorei a sua redação e modo de pensar e ensinar, continue sempre assim, renovando e diversificando, vc só tem a apreder ao ensinar! beijos carinhosos
e abençoado fim de semana!
Elizabeth

Carmem Warkentin disse...

Olá Elisete!
Retribuindo a visita!
Obrigada por seguir meu blog!
Abraços
carmem-amorpeloartesanato.blogspot.com.br

Carolina disse...

Ola Elisete,
super interessante tema, o paradigma ha cambiado. Se necesitan nuevos modelos, sim.
Um abraco grande.

Unknown disse...

adorei,muito legal e muito interessante...parabéns

Maria Antônia Gomes disse...

Também passei por experiência parecidas ,contudo hoje procuro na medida do possível e impossível,sair do tradicionalismo tão gritante na nossa história ,hoje procuro chegar perto do aluno ,levar em consideração seu saber ,suas experiências ,para que me sirvam de bússola,para um novo fazer pedagógico,e atingir melhor resultado no ensino -aprendizagem.

KOINONIA em Foco disse...

MUITO BOM...

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