Quando iniciei no magistério, na
rede privada, o modelo de professor, ou seja, os exemplos que tinha na
lembrança, era daqueles que haviam sido meus professores. Trazia na memória
aqueles muito queridos e amados pelos alunos, outros autoritários e muito
exigentes, a quem todos temiam. Queria ser para meus alunos, alguém especial
que deixasse a sua marca.
O modelo de metodologia era a
decoreba, quadro sempre repleto de conteúdos, conceitos prontos, provas
extensas. Media-se o professor pela quantidade de conteúdos que ele passava no
quadro, que elaborava a prova mais difícil e extensa. Assim se passaram os
anos, os pais adoravam a professora que eu havia me tornado. Muito exigente,
tinha o domínio dos alunos, mas era afetuosa, tratava a todos com muito carinho,
havia cumplicidade. Os alunos eram perfeitos, sentados um atrás do outro,
repetiam tudo o que lhes era ensinado. Aos poucos fui percebendo que era
preciso mudar a minha forma de ensinar. Queria alunos que interagissem, escrevessem,
que expressassem suas ideias e opiniões, que construíssem o seu conhecimento.
Ideias que estavam nas revistas, nos artigos, nas falas de educadores
renomados. Era a ideia do professor mediador.
Ao ingressar na rede pública
estadual, deparei-me com uma nova proposta de ensino, diferente da qual eu
vinha praticando. No começo, um pouco assustada com a mudança, mas era preciso
enfrentar o novo desafio. No começo não foi fácil, as aulas não eram mais as
mesmas, os alunos não sentavam mais um atrás do outro, havia movimento. Para
muitos pais e colegas uma bagunça. As aulas eram ricas, diversificadas, os
recursos variados. Deixei de ser a professora autoritária, apenas conduzia e
orientava o trabalho. No começo foi difícil e ainda hoje não é fácil, mas
aprendemos todos os dias. Cada ano que passa, os alunos são diferentes e as
turmas cada uma com suas características individuais.
O mundo de hoje pede um modelo de
professor que seja mediador, que esteja desafiado a mudar seus conceitos e
começar de novo. Precisa ser um orientador, estimulador de todos os processos
que levam os alunos a construir conceitos, valores, atitudes e habilidades. O
professor mediador é aquele que orienta que não se considera como o detentor absoluto
do saber, mas como alguém que irá colaborar com o educando na construção do
conhecimento. Sua metodologia coloca o aluno como sujeito do processo
educativo, interagindo e participando ativamente das aulas. É a ponte entre a
escola e família.
Faz-se necessário, estar
constantemente avaliando e auto-avaliando nossas metodologias, buscando sempre,
melhorar e qualificar nossas aulas. Nosso aluno, também participa desse
processo, sua opinião é muito importante.
É preciso capacitar nossos alunos
para exercerem seu papel de cidadão do mundo, crítico, reflexivo, ético e
consciente de que é capaz de transformar o meio em que vive.
“O professor mediador provoca a
curiosidade do aluno... e o aluno interage, pergunta, questiona. O professor
tem a capacidade de criar a alegria de pensar, de estimular a leitura...”
(Rubem Alves)
9 comentários:
Bom dia! Elisete,amei o teu blog muito fofo!
já estou te seguindo e estou levando meu selinho.no meu cantinho também tem selinho pra ti.bjs
Olá!
Obrigada pela visita e por seguir meu bloguinho. Corri pra conhecer o seu espaço e gostei muito.
Gostaria de saber se podemos trocar links? o Seu já esta na minha lista de blogs.
Beijos e boa semana!
Regiane
http://sementedaarte.blogspot.com.br
Boa noite...adorei sua visita ao meu blog.
Gostei muito de conhecer teu trabalho , Parabens.
Abraços
vera portella
Adorei a sua redação e modo de pensar e ensinar, continue sempre assim, renovando e diversificando, vc só tem a apreder ao ensinar! beijos carinhosos
e abençoado fim de semana!
Elizabeth
Olá Elisete!
Retribuindo a visita!
Obrigada por seguir meu blog!
Abraços
carmem-amorpeloartesanato.blogspot.com.br
Ola Elisete,
super interessante tema, o paradigma ha cambiado. Se necesitan nuevos modelos, sim.
Um abraco grande.
adorei,muito legal e muito interessante...parabéns
Também passei por experiência parecidas ,contudo hoje procuro na medida do possível e impossível,sair do tradicionalismo tão gritante na nossa história ,hoje procuro chegar perto do aluno ,levar em consideração seu saber ,suas experiências ,para que me sirvam de bússola,para um novo fazer pedagógico,e atingir melhor resultado no ensino -aprendizagem.
MUITO BOM...
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"SEM A CURIOSIDADE QUE ME MOVE, QUE ME INQUIETA, QUE ME INSERE NA BUSCA, NÃO APRENDO NEM ENSINO." Paulo Freire"
Adoro receber visitas e comentários. Obrigada pelo carinho.