"O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos."
( Rubem Alves )

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terça-feira, agosto 14, 2012


Nosso Amigo Ventinho

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      Era um ventinho muito bonitinho, alegre e serelepe. Ele vivia fazendo estripulias no céu.
      Sua mãe, dona Ventania, educava ventinho muito bem.
      _ Meu filho, um ventinho bem educado tem que saber suas obrigações. Levantar bem cedo, fazer seu trabalho bem direitinho e não andar por ai, fazendo bobagens.
      _ Ah, mamãe e brincar?
      _ Brincar também. Brincar também é obrigação de criança.
      As brincadeiras de Ventinho eram muito divertidas. Voava pelo céu com seus amiguinhos, os outros ventinhos e com suas amiguinhas, as nuvens.
      As nuvens gostavam muito de Ventinho porque ele levava todas para passear. As nuvens viviam chamando Ventinho:
      _ Ventinho, me leva para dar uma volta por cima do mar? Mas não me deixa cair, hein?
      Ventinho levava.
      Às vezes era Ventinho quem convidava:
      _ Vamos dar uma volta do outro lado da montanha?
      E as nuvens iam com Ventinho e seus amiguinhos.
      Mas na hora de trabalhar, Ventinho fazia tudo direitinho, bonitinho.
      Logo de manhã, bem cedo. Ventinho ajudava o papai que era um vento muito forte, a levar os barcos dos pescadores para o mar. As velas dos barcos eram muito rabugentas.
      _ Ai, cuidado, não empurre com muita força! Cuidado com meu remendo!
      E havia uma, muito novinha, que era dengosa:
      _ Ai, ai, não me faça cócega!
      Ventinha tinha também outras obrigações. Logo que as lavadeiras punham roupa na corda, ele corria para secar. Ele gostava de balançar as roupas pra lá e pra cá.
      E o cata-vento em cima da igreja? Era Ventinho quem girava com ele, para mostrar a direção do senhor Vento, seu pai.
     E o galo do cata-vento gostava de Ventinho porque ele contava histórias de outros lugares por onde andava:
      _ Ontem, sabe, eu vi um foguete fugindo para a Lua e ele fazia mais vento do que papai.
Ruth Rocha

2 comentários:

Ideia Criativa disse...

Olá!

Que coisa linda é relembrar a infância.
Sempre amei esse texto.
Bom fim de semana minha florzinha.
Beijokas

Unknown disse...

Obrigada! Fiquei emocionada pela lembrança da infância. Eu e meus irmãos estamos lembrando.

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